Caio Rodrigues

{ 1 } Se sinto, logo escrevo.

Provavelmente não sou um exemplo de escritor a ser seguido e por isso mesmo talvez tenha alguma propriedade para aconselhar aqueles que almejam se firmar nesta carreira.

Não sou formado em Letras, Jornalismo, nem mesmo um exímio conhecedor da língua portuguesa. Mas, aos quinze anos, já escrevia textos complexos para algumas poucas pessoas lerem e, o mais importante, para mim mesmo. Os textos se tornaram livros, passando por poesias, se transformando em contos até virarem o meu primeiro original preparado para uma publicação.

Antes de qualquer pessoa se tornar um escritor, deve-se primeiro ser um amador, no mais puro sentido daquele que ama o que faz. Este vai ser o seu autoconhecimento capaz de lhe guiar em momentos tortuosos e fazê-lo superar qualquer barreira em seu caminho. Uma vez que se sinta bem em escrever para si, depois para outros a sua volta, a sua jornada será próspera.

{ 2 } Humildade Intelectual.

Denominar seus textos como “obras” é, em sua maioria, algo muito precoce e costuma soar como arrogância. Sempre seja humilde quando se referir ao seu trabalho ou a sua arte. Deixe sempre seus leitores, sua editora e seus críticos decidirem como eles se comportarão ante o seu original. Somente cabe a você filtrar estas informações e conciliá-la com a sua própria verdade.

{ 3 } Reserva Financeira.

Poucos devem falar sobre isso, mas para se iniciar esta carreira é fundamental ter uma reserva financeira para investimentos. Atualmente é muito difícil editoras ofertarem a edição de um livro sem qualquer custo ao autor. O mais comum é a proposta se basear num custo parcialmente dividido entre ambos. Além deste caso, investimentos em marketing são fundamentais para o bom desempenho do seu livro nas prateleiras/eBooks.

{ 4 } Alianças.

Um escritor como qualquer outro profissional terá de ter aliados. A sua editora sempre buscará te apoiar mas não espere demais de uma instituição que visa lucro e da qual possui limite de investimento. Seus maiores aliados serão os blogueiros, estes em sua maioria são homens e mulheres que merecem o máximo do seu respeito. E, pode ter certeza, se eles gostarem do seu livro, farão de tudo para torna-lo um best-seller.

{ 5 } Sim à criatividade.

Qualquer profissional envolvido com criação deve buscar a originalidade. E o escritor deve levar esta dica ao patamar mais elevado. Portanto, sempre que tiver uma ideia, algo que possa acrescer ao seu enredo, a anote, pois em algum momento ela pode ser fundamental.

{ 6 } Amigos.

Sempre apresente seus textos para pessoas próximas e de preferência que gostem muito de literatura. Se não for capaz de aceitar as críticas das pessoas que mais te querem bem, não conseguirá lidar com aquelas que te querem ver fracassar.

{ 7 } Nunca deixe de escrever.

 

Caio Rodrigues Alves, nascido em janeiro de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Devido a complicações de saúde na infância, seu envolvimento com a literatura se desenvolveu precocemente, tornando-se não apenas seu refúgio como seu conforto e sua inspiração para os desafios cotidianos.

Aos 15 anos, já saudável, porém com uma permanente lesão visual, enquanto cursava sua escola técnica, iniciou seu hobby, que logo se transformaria no ofício de escrever. Neste mesmo período concluiu seu primeiro romance, mas que jamais passaria de, por vontade pessoal, uma mera distração adolescente.

Seguiu uma carreira profissional não artística, se graduando em Administração aos 21 anos, por onde teve seu primeiro artigo científico publicado. Sua especialização jamais interferiu em sua arte, a qual sempre exerceu através de poesias e contos. Atualmente atua como empreendedor, empresário e escritor romancista.

Contribuição originalmente publicada no site Escriba Encapuzado

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