O melhor do convite do T. K. Pereira foi poder parar para pensar nas coisas que venho absorvendo. Desde que levei a sério meu propósito de publicar, eu nunca achei demais ler de tudo a respeito desse universo. É um ciclo constante de agir, refletir, observar e aprender. E aqui estão…
{ 1 } O caminho de cada autor é único.
Todos podem falar de suas experiências, orientar a partir do conhecimento adquirido, mas nada pode ser considerado como regra absoluta. O que deu certo para um pode dar errado para outro e também o inverso. Nada vai nos ensinar mais que nossos próprios erros.
{ 2 } Ter definido, desde o início, qual o público se quer alcançar.
É fundamental, assim como traçar objetivos claros. Isso influencia na forma como escrevemos, direcionamos nossas estratégias de divulgação e qual a melhor postura profissional. Atirar para todos os lados conota desespero, falta de foco e traz pouco resultado.
{ 3 } Cuidar da vaidade para não se perder.
Elogios acontecem, é bom recebê-los, mas esses não indicam que o autor está pronto, que não tem mais nada a aprender. É preciso tirar proveito também das críticas, sem ficar na defensiva, para poder analisar e rever o que não está legal. Sem contar que humildade e carisma conquistam. Não vale à pena disputar o holofote com o próprio livro. Literatura não pode ser apenas um meio para atingir status.
{ 4 } Desconfiar sempre das boas intenções.
O mundo literário pode nos expor à concorrência que, muitas vezes, é silenciosa e não muito ética. Se relacionar bem é importante, saber com quem não se relacionar é mais importante ainda.
{ 5 } Todo bom senso é pouco nas redes sociais.
Propaganda demais cansa e desgasta o livro. A mídia social é, sobretudo, lugar de relacionamento. Conhecer, conversar, fazer parcerias, analisar o mercado e os comportamentos de autores e leitores. Somos analisados, comparados e até nos tornamos exemplos (bons e/ou ruins), o que nos leva a ter atenção ao nosso comportamento. É preciso agir com profissionalismo, pensar se é melhor ser respeitado pelo trabalho ou apenas ser popular a qualquer custo.
{ 6 } Autopublicação é um caminho recompensador.
É preciso escolher bem a editora, ter um revisor confiável e procurar enxergar a publicação como um negócio próprio. Não é difícil publicar, o difícil é ter um diferencial, provar que seu projeto tem qualidade e se destacar como profissional. Leva tempo, mas não é impossível. É muito bom participar de todo o processo com controle absoluto e liberdade para fazer o que quiser. É preciso haver compromisso com um trabalho de relevância para o leitor.
{ 7 } Mais prazer e menos expectativas.
Iniciar nesse ramo é uma sensação indescritível que não pode ser abafada pelas frustrações. Quanto menos expectativa, melhor, e isso foi a primeira coisa que busquei antes mesmo de ter o livro publicado. Tudo o que acontecer é lucro, aprendizado e resposta. Não vale a pena esperar que todos te valorizem, que o livro seja um best-seller (ainda mais sem verba para investir), ou que se tornará rico. O que vale a pena é estar em paz, sentir-se realizado já nas pequenas coisas e não perder a determinação.
Paulo Sérgio Moraes se formou em cinema e especializa-se em marketing. Escreveu e produziu roteiros e peças teatrais. Em dezembro de 2013 lançou o romance Condicional, o qual trata de paixão destrutiva, onde o protagonista se apaixona por um marginal. O livro já está nos últimos exemplares da 1° edição e figurou entre os mais baixados da Amazon. Com dois novos projetos a caminho, empenha-se em conquistar espaço através da autopublicação.
Contribuição originalmente publicada no site Escriba Encapuzado
Ótimas respostas, Paulo! 😀
Ler as 7 coisas respondidas por você foi como relembrar nossas conversas semanais sobre escrita. Muito bom!
Admiro muito o seu trabalho e tenho certeza de que Condicional foi só o primeiro de muitos sucessos que virão pela frente.
Abraços.
Agradeço a oportunidade e atenção. Repito: parabéns pelo projeto!
Eu é que agradeço por sua contribuição, Paulo. 🙂
Abraço.