Kyanja Lee

Como parecerista (leitora crítica profissional) e preparadora e revisora de originais, mais do que com minhas experiências de escrita, são essas coisas que tenho observado:

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Não tenha a pretensão de ser o(a) sucessor(a) de J.K.Rowling, George. R.R. Martin, J. R. R. Tolkien, E.L. James, ou qualquer autor de estilo ou enredo universalmente conhecido. Inspire-se, mas jamais copie!

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Escreva livremente, mas ancore-se em uma boa estrutura narrativa e textual. Tem dificuldades em alguma dessas partes? OK, existem coaches literários, revisores, preparadores que podem ajudá-lo, mas lembre-se que você deve produzir algo que valha a pena ser ampliado. Ideias pífias ou pouco criativas, enredo fraco ou personagens rasos dificilmente empolgarão.

{ 3 }

Abra-se para o mundo das ideias e para o universo que está aí pedindo para ser contado. O autor deve ampliar sua capacidade de escuta e observação, saber transpor o muro do senso comum. Ouse nos pontos de vista, nas motivações de seus personagens.

{ 4 }

Troque ideias com seus pares, principalmente com quem escreve o mesmo gênero que você. E também com leitores que apreciam esse gênero. É possível criar toda uma plataforma de networking usando adequadamente as redes sociais. Isole-se somente na hora de produzir, escrever. No mais, esteja presente. “Autor bom é autor morto” serve somente para as editoras. Para o mercado como um tudo, autor bom é autor que se mostra e interage.

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Já ouvi isso em algum outro comentário (acho que o Kizzy Ysatis disse que o leitor não é burro) e reafirmo: não deixe a ansiedade de autor amador subestimar a capacidade do leitor, explicando em excesso. (Nada como deixar algo nas entrelinhas, ou por conta da imaginação de quem está tendo a experiência da leitura.) Ou repetindo na fala de um personagem algo que o narrador acabou de dizer na linha anterior.

{ 6 }

O mercado editorial e literário está cada vez mais dinâmico. Aproveite e acompanhe boas fontes (blogues, páginas, portais) que falem de livros, de editoras, de autores, de prêmios literários.

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Só queira ser escritor e se assumir como escritor se estiver disposto a continuar e a não desistir. Escrever um livro e encher o pulmão para dizer: “Sou um escritor!”, ou se considerar realizado porque já plantou uma árvore, fez um filho e escreveu um livro, convenhamos: em pleno século 21 − em que publicar é a coisa mais fácil do mundo −, não é nenhum mérito especial. Escritor escreve, não importa se faça sol ou faça chuva.

Não importa quantos originais, ideias de roteiros ou personagens você tenha em seus arquivos digitais: não pare, mesmo que o seu primeiro original ainda não tenha se materializado fisicamente em livro ou continue mofando na caixa de e-mails de várias editoras.

Kyanja Lee é formada em Comunicação Social (Propaganda e Marketing) pela ESPM e tem especialização em Língua e Literatura Inglesa pela Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). Participou de várias oficinas de produção de texto e contos. Atua como parecerista (leitora crítica profissional), preparadora e revisora de originais desde 2007. Tem auxiliado novos autores, desenvolvendo relatórios de leitura crítica, editando, preparando ou revisando seus textos, para que possam ter mais chances de publicação. Saiba mais sobre ela, inclusive como entrar em contato, em http://www.KyanjaLee.com.br

Contribuição originalmente publicada no site Vida de Escritor

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