{ 1 } Seja autêntico.
Escreva o melhor que puder dentro da sua capacidade. Dá-me um frio na barriga cada vez que me aparece um autor com um texto que não é dele fingindo que é. Ghost-writing em circunstância especiais e se muito bem feito não tem problema, mas GW só para ver o nome na capa de um livro é um ato de vaidade que expõe o “autor” ao ridículo.
{ 2 } Se conseguir quem publique, fique agradecido.
Vejo toda hora gente que tentou publicar durante anos, no momento em que consegue a editora vira um monstro, fazendo exigências que nem Dan Brown faria para publicar. Depois não entendem por que a editora caiu fora e ninguém mais quis aquele texto.
{ 3 } Entenda o processo todo que leva da escrita à publicação.
Tem gente que acha que editar é apenas acertar a grafia e pôr uma vírgula onde o autor se esqueceu.
{ 4 } Se o texto não for profissional ainda, você AINDA não deve torná-lo público.
O texto profissional, mesmo ‘mal escrito’, flui, é gostoso de ler. É feito comida, pode ser simples, mas tem que ser bem feitinha ou poderá dar dor de barriga. Escreva e reescreva, edite e reedite até ficar tinindo.
{ 5 } Se o que você quer é publicar…
…mas o texto não tiver um valor agregado, isto é, ser algo significativo para alguém, possivelmente, mesmo que publicado, ninguém vai querer ler. Mesmo a literatura de puro entretenimento pede por ‘algo mais’.
{ 6 } Networking (quem você conhece na indústria do entretenimento, da formação ou da informação)…
…é responsável por mais 80% dos autores publicados em países como o Brasil. Um autor desconhecido ou sem uma plataforma ‘concreta e mensurável´, que saibamos que o levará a vender uma certa quantidade de exemplares, cada vez menos é um autor atraente para uma editora comercial – isto é, que investirá na publicação do texto.
{ 7 } Evite a autopublicação.
Sabemos de um ‘sucesso’ ou outro – grãos de areia nas praias em que morrem os autopublicados. No mercado mundial há cerca de um sucesso a cada nove MILHÔES de títulos. No Brasil, tivemos o caso do Paulo Coelho e do André Vianco que começaram autopublicando, num mercado que publica cerca de 22 mil títulos ao ano, dois em vinte anos (?).
A possibilidade de você ser o próximo Coelho ou Vianco, garanto, é quase nula. É melhor escrever bonitinho e achar quem PAGUE para publicar você ou, por que não, com toda a dignidade do mundo, fazer outra coisa da vida! Dar murro em ponta de faca, como dizem os gaúchos, é pura bobagem. De repente, pintar, dançar ou cantar é a sua praia!
James McSill é fundador e diretor executivo da McSill Ltd, Assessoramento Literário, Londres; Yorkshire Studio, Mentoring, Coaching e Treinamentos à distância para autores e da McSill Agency. É um dos consultores literários mais bem-sucedidos do mundo; seu trabalho abrange Europa, América Latina e América do Norte. É reconhecido por suas atividades pioneiras na indústria do livro. Saiba mais sobre James, sua agência literária, seus eventos e projetos em http://www.mcsill.com
Contribuição originalmente publicada no site Vida de Escritor