{ 1 }
Seja fiel ao seu estilo. Não tem lista de mais vendidos, modinha do momento ou pressão de editora que valha a superficialidade.
{ 2 }
Escrever é saber calar. Deixe a produção em escala industrial para as fábricas de salsicha. Descubra seu próprio tempo e curta os intervalos entre cada projeto.
{ 3 }
Comprometa-se. É o compromisso que torna alguém um escritor. Para o resto, basta ser alfabetizado.
{ 4 }
Sangre. Um bom livro deixa cicatrizes. Se você não se ferir durante a escrita, não espere isso do leitor.
{ 5 }
Sangre mais. Não basta colocar o ponto final. Um livro só está pronto quando você tem a certeza de que deu o melhor de si.
{ 6 }
Perca os pudores. Vá aonde a história pedir, faça aquilo que precisa ser feito para tornar um personagem real. Deixe os pudores para os medíocres.
{ 7 }
Coma chocolate. Já que eu não bebo café, sempre ajuda.
Eric Novello estreou na literatura em 2004 e publicou 4 livros desde então, tendo participado também de diversas coletâneas. Multitarefas, é tradutor técnico e literário, e consultor da Editora Draco. Presta serviços de leitura crítica e copidesque, tendo trabalhado com vários autores da nova geração. Entre seus trabalhos como organizador de coletâneas, destacam-se Fantasias Urbanas e a coleção Amores Proibidos, esta voltada para o público jovem adulto.
A lista completa de seus trabalhos como autor, organizador e tradutor encontra-se disponível em seu site pessoal.
Formado como roteirista no Instituto Brasileiro de Audiovisual, Eric Novello publicou mais de 250 textos críticos sobre cinema, música e literatura no Jornal de Arte Aguarrás. Atualmente, é editor do portal colaborativo Páginas Noturnas, que visa divulgar a literatura especulativa brasileira e estimular o pensamento crítico em torno de sua evolução.
Contribuição originalmente publicada no site do autor.
Só substituiria uma coisa da lista: chocolate por bala mastigável, que é o meu fraco na vida.
O resto é muita verdade. Principalmente o item 6, pois é isso que, às vezes, me faz repensar no que escrevi, mas lendo isso eu vejo que estou certo.
Tudo que faço com meus personagens é só para aproximá-los do leitor, que também vivem e passam o que eles vivem e passam.