Achei muito bacana a ideia do projeto do blog Escriba Encapuzado, dando espaço aos autores compartilharem um pouco de seu aprendizado durante a jornada. Abaixo algumas coisas que ainda estou aprendendo.
{ 1 } Escrever é o mais fácil.
Embora eu saiba que muitos autores tenham dificuldade em organizar a rotina da escrita, acredite, esta é a parte mais fácil, onde uma ideia na cabeça, um teclado e a disponibilidade e a organização da rotina são suficientes para que em pouco tempo o autor consiga colocar em papel suas ideias e pensamentos. Escrever o livro sem dúvida é a parte mais fácil.
{ 2 } É preciso ter cuidado.
Quem pretende se tornar um autor publicado tem de tomar cuidado, pois isto em si não é o mais complexo. No entanto, se o autor não for cauteloso e, além de tudo, souber o funcionamento do mercado editorial, ele pode acabar encontrando muitas frustrações pelo meio do caminho.
Em todas as etapas da publicação de um livro deve-se ter muito zelo para que o produto final seja algo justo e honesto para com os leitores.
{ 3 } Não basta escrever.
Vejo muitos colegas pensando que escrever o livro é suficiente. Isto é um engano; o autor precisa sim ser o principal comunicador de sua obra, especialmente se publicado por pequenas editoras, ou sob demanda.
E isso não tem nem a ver com o tipo de publicação, pois muitos se enganam pensando que publicar em grandes editoras é tudo mil maravilhas.
Não raro é possível ler notícias de autores celebrados com queixas de suas editoras.
{ 4 } É preciso conhecer o mercado.
Infelizmente vejo muito autor cometendo o erro de publicar um livro sem conhecer o funcionamento do mercado. Aprendi que antes de me tornar um escritor, é preciso saber tudo sobre o sistema. Entender como funcionam grandes, médias, e pequenas editoras, o que leva uma ideia a se tornar livro. Só esse conhecimento é capaz de lhe auxiliar a tomar decisões, e com maiores chances de acerto.
{ 5 } Leva tempo.
Ser reconhecido e vender o suficiente para pagar suas contas são coisas que levam tempo (eu ainda chego lá; ? ), mas todo escritor de sucesso passou por este processo.
{ 6 } Edições sob demanda possuem dois lados.
Publicar livros sob demanda (meu caso) possui dois lados de uma moeda. Por um lado, te permite antecipar a publicação, ao invés de levar anos esperando ter um original aprovado, além de possuir menos riscos de investimento no caso de autores que colaboram financeiramente para a publicação.
Por outro, é preciso enfrentar o preconceito de leitores, e as dificuldades peculiares de pequenas edições, como a distribuição, e a escolha certa da editora por qual publicar, visto que algumas são muito lesivas e seria melhor o autor passar longe delas.
{ 7 } É gratificante.
Escrever é algo que vai além da compreensão. É muito gratificante ver seu texto sendo lido, avaliado e comentado pelos leitores. Isso gera uma emoção difícil de descrever.
Douglas Eralldo, nasceu em Santa Cruz do Sul RS em 1980, e reside em Pantano Grande/RS. Autor, além de escrever para jornais, atualmente colunista do Jornal Destak, designer freelancer, e escritor. Publicou textos na Seleta de Versos 13 (2001, Editora Borck), na antologia Noctâmbulos – Contos de Terror (2006, Andross), e em 2011 lançou seu primeiro livro, o romance de horror e suspense Morgan: o único pela Editora Literata. Também participou da antologia Crônicas da Fantasia (2012) e este ano lança seu segundo livro, O Titereiro dos Mortos, pela mesma editora. Site oficial.
Contribuição originalmente publicada no site Escriba Encapuzado
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