{ 1 } Escrever o que eu realmente acredito.
Vejo muitos autores trabalharem as suas histórias para serem comerciais. Outros seguem “temas da moda” a fim de aproveitar a euforia desse modismo. Para mim, um bom livro é aquele que transcreve “as verdades” do autor, ou seja, fala de assuntos da sua preferência com criatividade e alma. Um texto precisa ter identidade e isso só se consegue quando se acredita verdadeiramente no que se escreve.
{ 2 } Pesquisar, estudar e viver.
Sempre insisto que uma obra de fantasia não precisa ser fantasiosa. Para isso, é preciso estudar bastante a história – caso essa sirva como base -, os cenários, as ambientações e as personagens, tanto em suas características físicas quanto comportamentais, psicológicas, introspectivas, etc. No meu livro, O Andarilho das Sombras, há momentos de batalha e luta corporal e para montar essas cenas de forma factível, eu desenhava esquemas no papel e mesmo tentava representar como seriam os movimentos – não machuquei ninguém nesse processo! -, assim, o texto fica mais rico e o leitor pode ter uma melhor imersão.
{ 3 } Aprender a ouvir e digerir opiniões.
Sempre gosto de conversar com amigos e leitores beta para conhecer suas visões sobre o que escrevo. Disso, tiro sempre experiências para evoluir o texto ou mesmo novas ideias para obras futuras.
{ 4 } Se está bom, pode ficar melhor.
Perfeccionismo, workaholic, há várias alcunhas para isso, mas sempre procuro fazer o melhor quando escrevo – na verdade, sou assim em todas as vertentes da minha carreira -, então leio, releio, ajusto, excluo, incluo, leio novamente… É um processo bem delicado e minucioso antes de dizer: agora pode publicar.
{ 5 } É preciso interagir sempre.
Ninguém é uma ilha e os relacionamentos de valor são vitais para uma carreira próspera. E aqui eu não falo de puxassaquismos ou mesmo de fazer média com as pessoas certas. Aliás, acho isso muito ruim, pois subvaloriza a nossa capacidade. O que apoio e emprego é a interação com outros profissionais do livro e leitores a fim de aprender, ensinar e compartilhar experiências. É uma postura de ganha-ganha no qual o foco é a qualidade da literatura.
{ 6 } O marketing pessoal é tão importante quanto a qualidade do livro.
Não adianta escrever uma obra-prima e se esconder. Isso até funcionava nos séculos passados, entretanto, no nosso mundo hiperconectado é preciso aparecer, conversar e “sentir” como andam as coisas em relação aos seus escritos e mesmo em relação a você. A internet é hoje um canal importantíssimo para os escritores e, O marketing pessoal é tão importante quanto a qualidade do livro.
{ 7 } Que o conhecimento é fascinante.
Vejo muitos escritores focarem todo o seu aprendizado e pesquisas em somente uma área do conhecimento. Muitos profissionais têm essa postura no mercado: leem somente sobre engenharia ou medicina ou informática ou geografia. É importante se especializar em algo, mas bitolar nisso restringe muito a visão do todo. Portanto, passear por outras áreas ajuda a compreender melhor as coisas e a criar novas ideias e posturas que podem complementar – e muito – os nossos projetos.
Eduardo Kasse é autor do romance O Andarilho das Sombras, uma fantasia histórica que se passa na Idade das Trevas. Vive nos mundos da literatura, da edição de conteúdo e do planejamento estratégico da informação. Acredita que somente as palavras têm o poder de vencer qualquer barreira. Escreve por paixão, por profissão e também para viajar pelos universos transcritos no papel – sim, ainda usa papel e caneta! E, além dos livros, adora cães e espera conseguir evoluir ao mesmo nível deles para poder se tornar uma pessoa melhor. Site oficial.
Contribuição originalmente publicada no site Escriba Encapuzado